18 de outubro de 2008

Usina dos Sonhos



Quem me dera,

se as folhas das árvores,

verdes no verão,

vermelhas no outono,
Fossem transparentes

para que nem o guerrilheiro inanimado,
nem o paraquedista de última hora,

tivessem uma desculpa para olhar o céu.




Quem me dera,
se o sangue cor-de-vinho,
que mancha minhas roupas,

que exala outras fúrias,

que explode em corpo morto,

Fosse branco,

para que sirva de leite aos sedendos,

para que pinte as almas escurecidas,

que sirva de lição aos pecadores.




Quem me dera,


este poema fosse verdade...




5 comentários:

Carolina Pires disse...

dizer que isso arrepiou meus pêlos, explica alguma coisa?

luiz ricardo disse...

caaaaaaaaaaaaraaaaaaaaaaaaaaa!!!!!! quem me dera que eu não tivesse lido isso, dai nao ficaria maravilhado! hehe abraçao xandenho!

Matheus Moreira Moraes disse...

cara eu fiquei até arrepiado ._.

Conde Vlad Drakuléa disse...

Sensacional, poesia de primeira!
Adorei!!! Grande Abraço!!!

Blog do Paulinho disse...

Lindo poema,
gostei
vai lá

http://pcsouzabv.blog.uol.com.br/