7 de outubro de 2009

Agora é a vez dos patos.



- Quack!

7 de setembro de 2009

às vezes, quase sempre, me acho um alface, que todo mundo acha bonitinho mas ninguém come.

5 de agosto de 2009













A cereja é a cereja e o bolo é o bolo,
..............................................................ou não.

2 de agosto de 2009

Fuso Horário Alternativo

E lá estava eu, olhando fixamente no refletor. Via-me ator, como no filme que acabara de ver, fingindo a vida, como se existisse algo o que fingir. Vi-me, então, perdido em pleno pátio. Segui-os, na pura obrigação, até adentrarem numa loja qualquer, e depois, ah! depois foi me batendo uma sensação freguesa em vossas veias, mas a qual conhecia da existência. E o corpo lá estava: morto, e a mente, mais viva que nunca, ou morta, sei lá. Era mais que impossível carregar as pernas. O andar arrastado. As vidas passavam longe aos meus olhos, e por detrás: nada.
Isso não é um sonho. Então chegara a praça de alimentação. Os rostos sentados pareciam em seu devido lugar, comendo sua devida comida, bebendo sua devida bebida e, em meio a inúmeros assentos vazios, não havia um que me acomodasse.
Era como um filme em câmera lenta e, de vez em nunca, surtava. A angústia, inexpressível. Alguma vontade de matar, de ser morto. O corpo não conseguiria. Sentei-me, pois, na cadeira que, finalmente, me pertence. Ofereceram-me chopp. Bebi. Encostei. Por pouco não adormeci.
Era como um sonho. Perguntaram o que sentia. Fiz que não sabia. Perguntaram o que eu vi. Fiz que não ouvi. Como poderia ser testemunha do que não testemunhei? Ou será que o fiz? Não sei. Talvez. Incerteza devia ser um dos sintomas.
Não era um sonho, disse a mim mesmo, mas que parecia, parecia. Ainda mais na cena a qual levanto a cabeça, e todos os olhos em minha direção. Custava a piscar, enquanto o mundo não cansava de girar, aos meus olhos. Não havia tomado ácido, não que lembrasse.
E agora, pós pequenas horas, escrevo o que não entendi - nem que talvez entenda - por diferente fuso horários que vivi.

1 de julho de 2009

Please, keep Moonwalking in peace Mr. Jackson...

e eternamente ficará a lembrança.

17 de junho de 2009

Auto-Retrato 2 (A Volta do Auto-Retrato)

Tenho mesmo esse lado amarelado,
que não deixo calado;
Mas, possuo em espessas veias sangue tropical,
e me orgulho de tal.

Sou um mero dispersor de meus sentimentos,
nem eu mesmo me aguento.

Até a sombra foge de mim.
É... Mas sou, mesmo assim!



...E espero que as velas alheias também não esperem o vento soprar.






...que fique a lembrança:

30 de março de 2009

Rascunho do Diabo

...e a lâmina o despedaçava vivo, ainda, como a garrafa retorna ao pé do embebedado, como a faca de outrora ensangua o chão recém-lavado, como a espada ataca, perfura, estira, mata.

- Ainda não. - diz ele - Não está na hora.

- A hora é agora. A hora é o que fazemos dela. A hora é o que fazemos agora.

Mas mal sabe ele que a agulha que vacina é a mesma que envenena.





continua......




e fica a lembrança...

Só pra replicar:

- Ahhhhhhhhh! Que busto!

28 de março de 2009

18 de março de 2009

16 de fevereiro de 2009


De acordo com a teoria Einsteniana, tempo é uma dimensão que se expande conforme a velocidade. Então se Einstein estiver certo, um taxista vai viver pra caralho.

10 de janeiro de 2009

Brejo Da Cruz

(Chico Buarque)


A novidade
Que tem no Brejo da Cruz
É a criançada
Se alimentar de luz
Alucinados, meninos ficando azuis


E desencarnando
Lá no Brejo da Cruz

Eletrizados
Cruzam os céus do Brasil
Na rodoviária
Assumem formas mil

Uns vendem fumo
Tem uns que viram Jesus
Muito sanfoneiro
Cego tocando blues




Uns têm saudade
E dançam maracatus
Uns atiram pedra
Outros passeiam nus

Mas há milhões desses seres
Que se disfarçam tão bem
Que ninguém pergunta
De onde essa gente vem

São jardineiros
Guardas-noturnos, casais
São passageiros
Bombeiros e babás




Já nem se lembram
Que existe um Brejo da Cruz
Que eram crianças
E que comiam luz

São faxineiros
Balançam nas construções
São bilheteiras
Baleiros e garçons
Já nem se lembram
Que existe um Brejo da Cruz
Que eram crianças
E que comiam luz