Não escrevo frequentemente, mas, quando o faço, quero que seja bom.
Lendo Na Estrada, de Jack Kerouac, onde o personagem principal viaja pelos Estados Unidos com apenas $50 dólares no bolso, me pego pensando na minha trajetória. Não a física, pois essa é só um prefixo para a que segue: a evolução psicológica. Não sou de escrever, confesso. Foi-se o tempo em que me escondia atrás de um documento em branco e despejava sinais de uma garganta fechada. Mas lendo – Ah, lendo! – me reviro no túmulo da leitura e volto a essa maravilhosa vida ‘bookal’. Mas vamos ao que interessa, sim?
Lendo Na Estrada, de Jack Kerouac, onde o personagem principal viaja pelos Estados Unidos com apenas $50 dólares no bolso, me pego pensando na minha trajetória. Não a física, pois essa é só um prefixo para a que segue: a evolução psicológica. Não sou de escrever, confesso. Foi-se o tempo em que me escondia atrás de um documento em branco e despejava sinais de uma garganta fechada. Mas lendo – Ah, lendo! – me reviro no túmulo da leitura e volto a essa maravilhosa vida ‘bookal’. Mas vamos ao que interessa, sim?
-Ah sim... Seu Sentimentos! Que visita maravilhosa! Pode entrar.
Sabe aquela sensação da vida correndo por seus olhos, como um trem em alta velocidade que passa sem deixar rastros e só o que fica é o eco e uma lembrança desfocada do que foi? Pois é... Ás vezes me acontece.
Sabe aquela sensação da vida correndo por seus olhos, como um trem em alta velocidade que passa sem deixar rastros e só o que fica é o eco e uma lembrança desfocada do que foi? Pois é... Ás vezes me acontece.
Por algumas
vezes, acordo sem saber quem sou, quando sou e onde sou. Tirando o mínimo
múltiplo comum desses três questionamentos, chegamos em ‘Sou’. Ou seja, sei que
sou, e disso não duvido. Mas é uma confusão! A cabeça agora vira cenário para
briga de bar. Ainda de olhos fechados, o cérebro faz um search geral nos meus
arquivos, documentos, rastreia meu histórico, e faz um cálculo incrível de
probabilidade. Aonde é provável que eu esteja? Esqueça essa última pergunta
pois não é relevante. Mas você entende? Aonde é o limite do meu existir? E a
consciência do meu existir, onde acaba? E ao mesmo tempo penso em quanta vida
já vivi!!!! E agora, e só agora, entendo o que o garanhão Roberto Carlos
cantava.
...E a cabeça continua louca, e louquinhos continuam os sentimentos. Mas, incessante, a música do caminhão do sorvete me persegue.
...E a cabeça continua louca, e louquinhos continuam os sentimentos. Mas, incessante, a música do caminhão do sorvete me persegue.